Processo Clínico
Artigo de Jací Fagundes de Oliveira . Aluna do Curso de Formação em Filosofia Clínica – Instituto Packter – Secção Florianópolis.
É lento e sutil.
A pessoa procura o filósofo clínico por diversos motivos. Ela não percebe e não sabe que sofre mudanças em sua estrutura, pois este ocorre de modo inconsciente, no entanto, ela sente e percebe o que ocorre através de suas ações, reações ou na falta delas, e isso para muitos causam sérios conflitos e até adoecimento.
Com o acompanhamento clínico, ocorre gradativamente uma mudança nessa estrutura. O partilhante sente um movimento transformador em seu interior, ainda que no comportamento e nas atitudes demore um pouco mais.
Quando o partilhante vê a incoerência entre seu modo de sentir e agir no mundo circundante, surge a urgente necessidade de harmonizar e ser coerente consigo mesmo. É exatamente nessa luta, que ocorre a transformação, a verdadeira metamorfose do partilhante, passa de um sofredor a uma pessoa que aprende a lidar com as adversidades da vida.
O partilhante consegue alcançar um pouco mais de autoconhecimento, aprende a estabelecer novos programas emocionais e, consequentemente, existenciais. Dessa forma, ele consegue romper com as pressões sociais, pois torna-se, um ser humano livre interiormente, pois aprendeu a olhar e ver tudo à sua volta sob outros ângulos e novas perspectivas, diminui a expectativa e aumenta a resiliência.
Tudo externamente pode continuar igual, mas o partilhante já não é o mesmo, há mais leveza, equilíbrio e sensatez.
Artigo de Jací Fagundes de Oliveira . Aluna do Curso de Formação em Filosofia Clínica – Instituto Packter – Secção Florianópolis.