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      Filosofia

      Da Essência da Verdade – Martin Heidegger

      • Postado por Assessoria
      • Categorias Filosofia, Livros (Sugestão de Leitura)
      • Data 28 de dezembro de 2014

      Martin Heidegger

      DA ESSÊNCIA DA VERDADE,
      Vom Wesen der Wahrheit, 1943.
      MARTIN HEIDEGGER, 1889-1976.

      Em sua vontade de romper com o idea­lismo tradicional, Heidegger dedica-se ao projeto de conferir a importância devida à ideia de “verdade da coisa”. Por isso, des­creve a operação do conhecimento. Parte do princípio de que, no processo do conhe­cimento, estamos “abertos” à coisa; mas essa atitude só é possível porque nosso comportamento em geral se define pela noção de “abertura”. A noção de abertura confunde-se, na verdade, com a liberdade propriamente dita, que “desvela” a coisa. Ora, se a coisa é, por isso mesmo, desvela­da, é porque, antes, estava velada, dissimu­lada, exatamente como o Ser. É assim que Heidegger nos leva a compreender qual é o papel da filosofia, e o que lhe confere valor profundo, a saber, revelar-nos, pela tomada de consciência, a dissimulação do Ser.

      Assim se coloca a questão de saber o que é a verdade. A verdade é compreendida de duas maneiras. É “verdadeiro” o ouro como coisa que se encontra em conformidade com aquilo a que visamos quando pensa­mos em ouro. Mas também é “verdadeiro” um enunciado que signifique ou expresse a coisa que julgamos. A verdade está toda vez “em concordância”: ela é “conformida­de” ou justeza (Richtigkeit). De maneira geral, o “deixar-ser” pode ser pensado tan­to como revelação quanto como dissimula­ção. Mas o Ser como existente total é obnu­bilado, oculto, não desvelado. Essa obnubi­lação vai impedir que a verdade se desvele. Toda a realidade humana é dominada por essa não-verdade. No entanto, não se trata de uma privação do Ser, mas do pressupos­to do desvelamento, porquanto a verdade é esse desvelamento do Ser. O que significa que o horizonte da obnubilação é a condi­ção necessária do desvelamento ou da ver­dade. Mas a própria dissimulação está dis­simulada. É por isso que Heidegger fala do “esquecimento do Ser”. Assim, a questão da verdade remete à questão do Ser. Radi­calizando-se, ela se torna a “verdade da Es­sência”, o advento do Ser no Dasein. O opúsculo termina com a observação de Hei­degger de que o pensamento do “sentido do Ser” ou da “verdade do Ser” não foi ali de­senvolvido. Cabe lembrar que é necessário que o desacerto abarque tudo o que faze­mos. Visto estar cortada a sua relação com o mistério, o desacerto é considerado pelo filósofo como a antiessência fundamental; ele é a verdade inautêntica. Contudo, esque­cido, o mistério nem por isso está elimina­do. Na Introdução à metafísica,o homem chega ao nada; resta-lhe reaprender que o nada é o véu do Ser.

      Estudo: B. Rioux, L’être et la verité chez Heidegger e Saint Thomas d’ Aquin,P.U.F., 1963.

      Tag:Filosofia, indicação de livros, liberdade, Livros, Resenhas

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