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      Filosofia Clínica

      Como cultivar o jardim da Vizinhança – Parte 3

      • Postado por Tainara Oliveira
      • Categorias Filosofia Clínica
      • Data 29 de junho de 2018

      Um dia você abre os olhos e vê que sua vida e o mundo à sua volta, mudaram. Tudo está tão diferente! Então, você se dá conta de que a sua “Vizinhança” não é mais a mesma, muita coisa mudou desde que você começou a cultivar o seu pequeno jardim… Você inclusive, se mudou, e está chegando em um novo local.

      Como é mesmo que tudo aquilo ficou para trás? Que ajustes precisam ser feitos nesta nova morada? Quanta coisa se desfez e quanta coisa está surgindo? Como é a “etiqueta” de convivência com essa nova vizinhança?

      Etiqueta sim, pois é preciso aprender os modos de se comportar nesse novo local. Afinal, este lugar já existia antes de você chegar, portanto, o estranho é você que está chegando e que precisará aprender que, o funcionamento desta Vizinhança nova é muito diferente da Vizinhança antiga, na qual você habitava.

      E tudo isso, acredite, começou com um pequeno vasinho de lavanda, para quem não leu o começo desta história, clique aqui para ler o texto inicial (Parte 1) e (Parte 2) e saberá como tudo começou…

      Pois é, aquele pequeno jardim de lavandas do texto anterior, também já ficou para trás, os vasinhos de lavandas, hoje se tornaram um bosque inteiro, com árvores grandes e floridas, pássaros cantando em seus galhos; essas coisas, já esperavam por te encontrar nesse novo lugar existencial que você começou a perceber que chegou.

      O jardinzinho de lavandas precisava de você para que pudesse sobreviver, mas esse bosque, já tem vida própria e não necessita que você o regue ou o coloque no sol, como fizera com o vasinho de lavandas. O bosque, sobrevive por si mesmo, então, para você, cabe a menor parte: admirá-lo! Alguém também cuida dele, fazendo as manutenções necessárias, corta o gramado, poda as árvores, planta novas mudas de flores, conforme a estação, sem que você precise se ocupar disso. Seu trabalho é continuar fazendo seus próprios ajustes existenciais, cuidando de sua Estrutura de Pensamento, semelhante ao trabalho inicial que começou a realizar consigo mesmo para ter Sustentação. São esses vizinhos que agora lhe sustentam.

      Os colegas engajados na Filosofia Clínica, certamente identificarão que esta singela história é uma ilustração sobre o conteúdo das Autogenias em Matemática Simbólica no âmbito das Verticalidades: fala sobre Vizinhança e Composição (Parte 1), sobre os trânsitos durante a troca de patamar autogênico (Parte 2) e sobre a chegada ao novo patamar (Parte 3)[1].

      Era uma vez… um pequeno vasinho de lavandas que ao ser cultivado, cultivou pequenas mudanças em seu entorno. O vasinho de lavanda, que era sozinho, ficou maior, se expandiu, se ampliou, agregou uns Jasmins a seu perfume, floriu junto de outras flores, cresceu num ipê amarelo, se tornou vivo, se tornou verde, transformou-se num bosque inteiro. Já vivia a vida sendo parte do bosque, quando um dia, um violino começou a tocar…

      Então recordou-se de que seus velhos vizinhos, não o haviam acompanhado. Tinha se mudado sozinho, para um novo lugar. Mas sentia-se bem com a mudança de patamar, embora tudo fosse novo, já lhe era tão familiar. Não é um paradoxo, na verdade, estava sendo mais fácil viver nessa nova vizinhança do que era com a antiga.

      Esta nova vizinhança tinha tudo a ver com as composições que o vasinho de lavandas participou, então o vasinho ficava surpreso, achava tudo tão mágico nesse novo lugar! E o bosque, acostumado a isso, em sua sabedoria de quem já vivia ali, sorria e acolhia as lavandas recém-chegadas. Os novos vizinhos davam as boas-vindas e os velhos faziam as últimas despedidas… Outros novos vizinhos iam sendo apresentados e, aos poucos, iam acolhendo, ensinando, como é a vizinhança desse bosque que em um dar-se a perceber se mostra como um novo lugar, tão novo e tão próximo, tão diferente e tão familiar, tão pronto e tão aberto a se cultivar…

      Quando falamos da chegada a um novo patamar, não queremos dizer que foi um salto, como alguém que pega um trem de um ponto A, até um ponto B, e sim, uma caminhada, sustentada, provável e recomendavelmente gradual, cuidadosa com o que se é e com as circunstâncias. Aos que já aprenderam a cultivar o jardim de sua vizinhança, por menor que possa parecer, que sejam como bosques acolhedores para os pequenos vasinhos de lavandas, lírios, jasmins, ou alecrins que lhes chegarem. Quem chega ao seu patamar autogênico, pode ter vido de um patamar muito diferente ou distante do seu. Às vezes, será preciso respeitar e acolher os recém-chegados. Outras vezes, você poderá apenas distribuir umas sementes, e cada um, as cultivará como e se quiser…

      Com uma sementinha de lavanda é possível cultivar um bosque inteiro! Da próxima vez que você pegar nas mãos uma semente, olhe para ela e saiba que lá dentro pode estar um jardim inteiro, se você se dispuser a cultivar.

       

      ———

      [1] As Autogenias Verticais, junto das Horizontais e Transversais, compõe o conteúdo da Matemática Simbólica em Filosofia Clínica, estruturado pelo filósofo Lúcio Packter. Normalmente, esses estudos avançados podem acontecer depois de se estudar a primeira parte da Filosofia Clínica que compreende a Estrutura de Pensamento e os Submodos, bem como as Bases Categoriais.

      foto do autor
      Tainara Oliveira

      Sobre Tainara Oliveira: Filósofa Clínica pelo Instituto Packter e Especialista em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. É professora adjunta da Pós-graduação em Filosofia Clínica em Florianópolis (Instituto Packter). Graduada em Pedagogia pela Universidade do Contestado – UnC e em Filosofia pelo Instituto Packter. Possui Aperfeiçoamento na filosofia de Ortega y Gasset e de Lúcio Packter na Universidade de Sevilha – Espanha. Site: https://www.clinicasaobento.com/

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