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      Filosofia Clínica

      Ali, logo ali, depois daquela curva… O que será que há?

      • Postado por Tainara Oliveira
      • Categorias Filosofia Clínica
      • Data 21 de junho de 2015

      Durante nossa caminhada existencial, é provável que existam vários tipos de caminhos para se percorrer e parece difícil prever como será exatamente andar pelo caminho que escolhemos.

      Por falar em escolhas, há um esclarecimento interessante a ser feito: conheço algumas pessoas que acreditam que foram elas mesmas as responsáveis pela escolha do seu caminho existencial, porém, ficam espantadas quando descobrem que foi um “outro” (s) quem escolheu seu caminho que, na verdade, essa pessoa apenas caminhou por uma rota que não foi escolha sua.

      Tal declaração, já foi usada em algumas aulas sobre historicidade no curso de Filosofia Clínica, por isso, lembro-me de que foi falado que isso não é algo ruim – como talvez possa parecer, numa primeira impressão – pois há casos, nos quais há quem trace melhores rotas do que os próprios caminhantes traçariam para si mesmos.

      Em outros casos, será exatamente o oposto: o caminho existencial que foi traçado não tem a ver com a pessoa. O caminho poderá parecer árduo demais, mas quem sabe olhando para alguns mapas da existência, se descubra, que os caminhos são muitos e que algumas rotas podem ser estudadas para – se for o caso – uma mudança.

      Provavelmente, você conhece alguém que já tenha lhe contado alguma história mais ou menos assim como: “eu nasci em uma família de advogados, desde criança, meu pai dizia que eu ia ser advogado, assim como ele, meu avô e meu bisavô… então, hoje eu sou advogado, mas acho que (se eu pudesse) gostaria der ter escolhido outra profissão…”

      Essa é a história de muitos, não só no sentido da escolha profissional, mas sobre um ou outro aspecto da nossa história de vida em que atuamos como “bons (ou maus)”[1] atores, num roteiro existencial que foi escrito por outra pessoa ou até mesmo pelos padrões socioculturais de época.

      Contudo, os prazeres ou as dores que vivenciamos em nossa caminhada são uma exclusividade no íntimo de cada um. Como você descreveria o seu caminho existencial?

       

      É uma estrada ampla por onde passa muita gente, ligada vários outros caminhos?

      Ou é uma estradinha estreita e solitária no meio de alguma floresta desconhecida?

      Como o seu caminho é pavimentado? Quem sabe com flores, ou espinhos e pedregulhos? Asfalto ou alguma outra coisa?

      Como você descreveria que é caminhar pelos caminhos da sua vida?

      Você caminha almejando um destino final? Ou simplesmente caminha curtindo a paisagem sem se importar para aonde vai?

      É uma estrada cheia de encruzilhadas e escolhas sobre qual caminho seguir? Ou sempre foi mais parecido com uma linha reta? Há curvas pelo seu caminho existencial?

      O que há depois da curva? Uma mudança de paisagem ou mais do mesmo? Simplesmente, não sabemos.

      Uma curva diante do caminho é como se fosse uma cegueira momentânea: não podemos ver o que virá logo a seguir… Doce surpresa: a incerteza! Na sociedade tecnológica, na qual tudo está cada vez mais previsível graças às sugestões de pesquisas e de preferências indicadas pelo Google, ao rastreamento e espionagem via GPS, ao crescimento das empresas de segurança, seguros e planos de saúde; como disse uma campanha publicitária: “para uma vida tranquila, sem surpresas”. Surpresas, ganharam trejeitos de vilão da sociedade da certeza, da previsibilidade.

      Acredito, que talvez seja por isso que uma simples curva no caminho de alguns, acaba sendo nomeada por “depressão” e todos esses outros nomes de “coisas” parecidas. Mas pelo menos estamos seguros com o crescimento avassalador da indústria farmacêutica. E viva a vida em linha reta! – Sem curvas, sem surpresas.

      Por outro lado, como diz a música “amanhã, talvez esse vendaval faça algum sentido (…) vou deixar passar a ventania, talvez amanhã, mar azul, céu azul sem nuvens, logo ali… depois da curva (…) amanhã talvez esse temporal saia do caminho (…) vou deixar passar a tempestade (…)”, depois de ter passado pela curva, alguns talvez encontrem um sentindo ao olhar pra trás.

      Uma curva no caminho da vida, também pode ser aquele – tão grande e por tanto tempo esperado – momento de mudança da paisagem. Só cada um sabe de si, as curvas pelas quais já passou ao longo das andanças da vida, ou o que representam curvas e encruzilhadas nos caminhos da sua tão peculiar existência.

      Como lidar com o desconhecido? A banda de ‘muitas consoantes’ canta que “dá pra se dizer qualquer coisa sobre todo mundo (…) dá pra escrever, o papel aceita toda qualquer coisa” … Mas se você está aqui, quer dizer que talvez seja porque enfrentou algumas curvas nos seus caminhos, “ali, logo ali, ali… depois da curva; ali, eu vi, eu vim, venci a curva”.

      E cuidado com o excesso de velocidade, mantenhamos a calma em nossos corações.

      Um abraço,

      Tainara

      [1] Conforme o critério de cada um.

      —
      Tainara Aline Munaretto de Oliveira
      Licenciada em Pedagogia (Universidade do Contestado – UnC)
      Especialista em Educação (UFSC)
      Curso de Filosofia (Instituto Packter) (2013-2015).
      Especialista em Filosofia Clínica (em conclusão).
      Participa dos Centros de Filosofia Clínica de Chapecó e Florianópolis – SC

      Tag:Filosofia Clínica

      foto do autor
      Tainara Oliveira

      Sobre Tainara Oliveira: Filósofa Clínica pelo Instituto Packter e Especialista em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. É professora adjunta da Pós-graduação em Filosofia Clínica em Florianópolis (Instituto Packter). Graduada em Pedagogia pela Universidade do Contestado – UnC e em Filosofia pelo Instituto Packter. Possui Aperfeiçoamento na filosofia de Ortega y Gasset e de Lúcio Packter na Universidade de Sevilha – Espanha. Site: https://www.clinicasaobento.com/

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