• Início
  • Atendimento Clínico
  • Curso de Formação
  • Artigos
  • Contato
      • Entrar
    Filosofia Clínica da Grande Florianópolis e Litoral Norte de SCFilosofia Clínica da Grande Florianópolis e Litoral Norte de SC
    • Início
    • Atendimento Clínico
    • Curso de Formação
    • Artigos
    • Contato
      • Entrar

      Livros (Sugestão de Leitura)

      O Método – Edgar Morin

      • Postado por Assessoria
      • Categorias Livros (Sugestão de Leitura)
      • Data 5 de julho de 2015

      MÉTODO (O), La méthode, 1977 a 1991.

      EDGAR MORIN.

      O método cartesiano deveria permitir que o homem “conduzisse bem sua razão e procurasse a verdade nas ciências”. Edgar Morin, ao redigir esse Método monumental, não tinha outra ambição. A não ser pelo fato de que sua dúvida, ao contrário da dúvida cartesiana, duvida de si mesma; a não ser pelo fato de que a verdade perseguida por Morin não se confina a “idéias claras e distintivas”. O método que ele elabora aqui não teme apreender a complexidade do real, ou seja, o fato de o homem ser ao mesmo tempo indivíduo biológico e ator social; de, na natureza, a ordem poder nascer da desordem, e vice-versa; de aquilo que limita o conhecimento ser também aquilo que o possibilita; de todo objeto de conhecimento, como bem vira Kant, trazer a marca do sujeito que o conhece, e, inversamente, todo sujeito cognoscente trazer a marca do mundo exterior dos objetos cognoscíveis.

      Como é fácil entender, um plano desses dificilmente se acomoda a um método redutor e simplificador, que tenda a isolar os fenômenos do ambiente em que estão, a eliminar da observação o observador, a excluir da ciência tudo “o que não entra no esquema linear” usado como modelo por Descartes: o aleatório, o incerto, o complicado, o contraditório, o anormal. Trata-se ao contrário de adotar um “paradigma de complexidade” que permita conceber como interligado o que até então era considerado desligado. E Morin propõe-se derrubar as compartimentações e as alternativas que a história da filosofia erigiu em verdadeiros dogmas: dualismos homem-natureza, matéria-espírito, sujeito-objeto, causa-efeito, sentimento-razão, um-múltiplo…

      O método adotado pelo autor baseia-se em três princípios, que, por sua vez, estão “em interação mútua: o princípio dialógico, que é definido como “associação complexa de instâncias, todas necessárias à existência, ao funcionamento e ao desenvolvimento de um fenômeno organizado”; o princípio recursivo, que dá conta dos processos “em que os efeitos ou produtos são ao mesmo tempo causadores e produtores no próprio processo, e em que os estados finais são necessários à geração dos estados iniciais”; e o princípio hologramático, segundo o qual “o todo está de certo modo incluído (engramado) na parte que está inclusa no todo”.

      No último volume de O método (Idéias: habitat, vida, costumes e organização), Morin explora o mundo constituído pelas coisas do espírito: representações, linguagens, símbolos, mitos, crenças, noções, teorias. Como nascem, vivem e morrem as idéias que povoam a noosfera (seu meio próprio)? Qual é sua organização? Como uma religião consegue expulsar um mito? Como uma ideologia age para fazer desaparecer uma religião? Para o autor, estamos hoje na “pré-história do espírito humano”; é urgente “civilizar as teorias”, ou seja, torná-las abertas, complexas, autocríticas, reflexivas, aptas a auto-reformar-se e a dialogar umas com as outras sem dogmatismos ou doutrinarismos.

      Edição portuguesa: O método, Lisboa, Europa-América, 1977.
      Estudo: E. Morin, lntroduction à la pansée complexe, E.S.F., 1990.

      foto do autor
      Assessoria

        Post anterior

        Além do Bem e do Mal, Jenseits von Gut und Böse, 1886
        5 de julho de 2015

        Próximo post

        Criação dos Valores – Raymond Polin
        12 de julho de 2015

        Você também pode gostar

        Sugestão de Leitura: “A fenomenologia da Percepção” de Merleau-Ponty – Capítulo “A Liberdade”
        25 outubro, 2015

        A LIBERDADE EM MERLEAU-PONTY Tentaremos aqui trabalhar de maneira rápida e concisa, porém o mais abrangente possível o que é a liberdade em Merleau-Ponty, estudando o terceiro capítulo: A liberdade da terceira parte da Fenomenologia da Percepção. Começamos então com …

        Matéria e Memória, Ensaio Sobre a Relação Entre Corpo e Espírito
        23 agosto, 2015

        Henri Bergson (1859-1941) MATÉRIA E MEMÓRIA, Ensaio sobre a relação entre corpo e espírito, Matière et mémoire, Essai sur la relation du corps à l’esprit, 1896. Henri Bergson, 1859-1941. O subtítulo da obra indica que Bergson aborda nesse livro um …

        Dialética do Esclarecimento – Adorno e Horkheimer
        19 julho, 2015

        DIALÉTICA DO ESCLARECIMENTO, Dialektik der Aufklärung. Philosophische Fragmente, 1947. THEODOR WIESENGRUND ADORNO, 1903-1969, e MAX HORKHEIMER, 1895-1973. Constatando que a humanidade, ao invés de rumar para condições humanas, afunda numa nova forma de barbárie, Adorno e Horkheimer analisam de maneira …

        Buscar

        Categorias

        • Artigos
        • Artigos de Filósofos Clínicos
        • Artigos Diversos
        • Aulas
        • Cursos
        • Ensaios
        • Eventos
        • Filmes para Leitura Clínica (Indicações)
        • Filosofia
        • Filosofia Clínica
        • Livros (Sugestão de Leitura)
        • Notícias
        • Uncategorized
        • Videos

        Cursos Recentes

        Tópico 5 – Pré-Juízos

        Tópico 5 – Pré-Juízos

        Gratuito
        Tópico 4 – Emoções em Filosofia Clínica

        Tópico 4 – Emoções em Filosofia Clínica

        Gratuito

        Inscreva-se para receber novidades

        ㅤ

        ㅤ

        Mapa do Site

        • Início
        • Atendimento Clínico
        • Curso de Formação
        • Artigos
        • Contato

        Site e Sistema EaD - EDUFIC - do Centro de Filosofia Clínica de Florianópolis por São Bento Creative Studio.

        Entre com seus dados

        Perdeu sua senha?