• Início
  • Atendimento Clínico
  • Curso de Formação
  • Artigos
  • Contato
      • Entrar
    Filosofia Clínica da Grande Florianópolis e Litoral Norte de SC
    • Início
    • Atendimento Clínico
    • Curso de Formação
    • Artigos
    • Contato
      • Entrar

      Artigos Diversos

      Vigiar e Punir. Nascimento da prisão

      • Postado por Assessoria
      • Categorias Artigos Diversos, Filosofia
      • Data 29 de dezembro de 2013

      http://www.decitre.fr/gi/85/9782070729685FS.gif

      VIGIAR E PUNIR. Nascimento da prisão,
      Surveiller et punir. Naissance de la prison, 1975.
      MICHEL FOUCAULT, 1926-1984.

      Esse texto visa a traçar a genealogia do poder de punir em seu “complexo científi­co-judiciário”.

      Até o fim do século XVIII, as técnicas pu­nitivas apoderavam-se do corpo para des­pedaçá-lo, marcar-lhe simbolicamente o rosto ou as costas, expô-lo vivo ou morto. Mas a divulgação dos suplícios comporta dois perigos. Por um lado, revela a tirania, o excesso, a sede de vingança do poder; por outro, acostuma o povo “a ver o sangue jorrar” e ensina-lhe que ele só pode vingar­-se derramando sangue com as próprias mãos. Portanto, no início do século XIX, começa a desaparecer o grande espetáculo da punição física.

      A prisão passa então a ser a forma essen­cial de castigo. Se a prisão se impôs como modelo coercitivo do poder de punir, foi porque se inseria perfeitamente naquilo que Foucault chama de sociedade da vigi­lância, “a que ainda pertencemos”. Essa sociedade, que se formou ao longo da era clássica, caracteriza-se por todo um con­junto de procedimentos cujo fim é vigiar, adestrar e controlar os indivíduos. O cerco disciplinar aos corpos é possibilitado por toda “uma anatomia política do detalhe”, pela arte da repartição dos indivíduos no espaço, por um sistema minucioso de regu­lamentos. A vigilância hierárquica, os exa­mes e a sanção normalizadora completam a posse do poder sobre os corpos, o domínio das multiplicidades humanas.

      Será então de espantar que o grande con­finamento carcerário tenha triunfado, e que as prisões se assemelhem a fábricas, esco­las, casernas e hospitais? O ponto ideal da penalidade moderna não será, no fundo, o mesmo de nossa máquina social, ou seja, um interrogatório sem fim, um inquérito que se prolongaria sem limite, uma observa­ção minuciosa e perpétua dos indivíduos?

      Vigiar e punir nos mostra o poder como exercício – exercício de corpos a investi­rem sobre outros corpos para cerceá-los, sujeitá-los, educá-los. Ao contrário de toda a tradição que identificava o poder com o Estado e seus aparelhos, Foucault mostra que o poder é plural. Não é apenas aquilo que censura e reprime, mas também aqui­lo que produz almas, idéias, saber, moral; em outras palavras, produz poder que per­petua com outras formas.

      Estudo: M. Perrot, L’impossible prison: recherche sur le système pénitentiaire au XIX siècle. Débat avec Michel Foucault, Le Seuil, 1980.
      Este artigo foi publicado anteriormente neste site em 4 de fevereiro de 2009.

      Tag:Filosofia, indicação de livros, Livros, Michel Foucault, Resenhas

      foto do autor
      Assessoria

      Post anterior

      Mensagem de Final de Ano
      29 de dezembro de 2013

      Próximo post

      Conhecimento e Erro - Ernst Mach
      12 de janeiro de 2014

      Você também pode gostar

      Áudio: A Liberdade em Jean-Paul Sartre
      23 janeiro, 2019

      Publicação quinzenal do áudio de Isaias Kniss Sczuk. Os temas são sugestões para os aprofundamentos nas pesquisas que os estudantes fazem ao longo do curso de formação em Filosofia Clínica.

      Você costuma fazer perguntas?
      26 outubro, 2017

      Há quem diga por aí que a Filosofia é uma velha arte de fazer perguntas. Talvez alguns também já tenham ouvido falar que a Filosofia se ocupa muito mais das perguntas do que com as respostas. Seria filosófico restringir a …

      Como cultivar o jardim da “Vizinhança”
      30 setembro, 2017

      Era uma vez um jardim de lavandas que vivia nos dias de hoje. Como atualmente os espaços são muito menores, o jardim de lavandas não se espalhava por um imenso campo, tal como teria sido se essa história tivesse passado …

      Buscar

      Categorias

      • Artigos
      • Artigos de Filósofos Clínicos
      • Artigos Diversos
      • Aulas
      • Cursos
      • Ensaios
      • Eventos
      • Filmes para Leitura Clínica (Indicações)
      • Filosofia
      • Filosofia Clínica
      • Livros (Sugestão de Leitura)
      • Notícias
      • Uncategorized
      • Videos

      Cursos Recentes

      Tópico 5 – Pré-Juízos

      Tópico 5 – Pré-Juízos

      Gratuito
      Tópico 4 – Emoções em Filosofia Clínica

      Tópico 4 – Emoções em Filosofia Clínica

      Gratuito

      Inscreva-se para receber novidades

        ㅤ

        ㅤ

        Mapa do Site

        • Início
        • Atendimento Clínico
        • Curso de Formação
        • Artigos
        • Contato

        Site e Sistema EaD - EDUFIC - do Centro de Filosofia Clínica de Florianópolis por São Bento Creative Studio.

        Entre com seus dados

        Perdeu sua senha?